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101 Dálmatas 2° Temporada Crítica

  • Foto do escritor: Vinicius Monteiro
    Vinicius Monteiro
  • 12 de abr.
  • 4 min de leitura

Atualizado: 20 de abr.

101 Dálmatas 2° Temporada Crítica

★★★★☆


Cruella se muda para a casa ao lado e está sempre tramando algum plano para trazer problemas à família Dearly. Agora, ela não quer matar os dálmatas para fazer um casaco com suas peles, mas sim adquirir a propriedade dos Dearly para expandir seu império. Seu companheiro Scorch, cúmplice de armações, está sempre disposto a ajudar Cruella com seus planos. Os desajeitados Jasper e Horace continuam subordinados a Cruella para auxiliá-la a realizar suas idéias cruéis.


 

A animação "101 Dálmatas", uma joia atemporal da Disney, transcendeu gerações, tecendo um legado de encanto e personagens que se incrustaram na memória coletiva. Produzida pela Disney Television Animation, a série debutou nos Estados Unidos, irradiando sua magia pelos canais Toon Disney e Disney Channel entre os anos de 1997 e 1998.

 

No Brasil, a animação desempenhou um papel crucial na infância de muitos, desdobrando suas aventuras em diversos programas da televisão aberta, como o SBT (Disney Club, Disney CRUJ, Bom Dia & Cia, Sábado Animado) e a Rede Globo (TV Xuxa, TV Globinho, Festival de Desenhos). As memórias daquela época, emolduradas pelas peripécias dos adoráveis dálmatas, permanecem vivas, um tesouro afetivo da infância, especialmente para aqueles que, como eu, tinham a idade de nove anos em 1998.


 

A segunda temporada de "101 Dálmatas" volta com mais 65 episódios, imbuindo a narrativa a sua estética contemporânea já estabelecida. A estrutura narrativa contínua segmentada em episódios duplos com tramas independentes. Diferente de muitos desenhos animados, que costumam voltar com menos orçamento e qualidade, a segunda temporada de "101 Dálmatas" manteve o mesmo nível de qualidade e criatividade da temporada anterior.

 

Na segunda temporada, eu observei uma expansão significativa do papel dos personagens Roger Dearly, Anita Dearly e Nanny, embora ainda classificados como secundários, ganharam maior destaque e participação nos enredos. Essa mudança sutil, mas impactante, revelou-se uma decisão narrativa acertada.


 

O episódio de abertura, "You Slipped a Disk", Roger, um inventor apaixonado, cria um novo videogame e confia a Pingo a missão de proteger o disco que contém o jogo. No entanto, Pingo, com sua natureza travessa, acaba perdendo o disco, desencadeando uma série de eventos hilários e emocionantes.

 

Em "Two Faces of Anita", Anita brilha ao ser agraciada com o prestigioso prêmio de Designer do Ano. Cruella, consumida pela inveja, elabora um plano maquiavélico para usurpar o prêmio de Anita. A trama se desenrola em um jogo de gato e rato, com os filhotes tentando frustrar os planos de Cruella.

 

"Market Mayhem" apresenta um dilema cotidiano: a falta de comida para os cães. Nanny, sempre preocupada com o orçamento, decide ir ao supermercado em busca de uma alternativa mais econômica aos tradicionais Kanine Krunchies. Os filhotes, leais a marca de ração, se escondem em seu carrinho, garantindo que ela escolha a marca favorita deles.


 

A série demonstrou sagacidade ao expandir seu universo narrativo, transcendendo os limites familiar na fazenda dos Dearlys. Através de episódios memoráveis como "Lucky to be Alone", "It's a Swamp Thing", "Prima Doggy", "Shipwrecked" e "Mall Pups", os protagonistas caninos foram transportados para cenários vibrantes e diversificados. Essas aventuras os levaram a cruzar os mares em cruzeiros luxuosos, a explorar os glamorosos estúdios de Hollywood, a desbravar os misteriosos pântanos e a se aventurar nos agitados corredores de shoppings centers. Essa expansão geográfica não apenas enriqueceu a narrativa, mas também proporcionou aos espectadores uma experiência imersiva e emocionante, repleta de novas descobertas e desafios para os adoráveis filhotes.


 

Além de proporcionar momentos de pura diversão com suas aventuras e humor contagiante, a animação infantil se destaca por transmitir mensagens valiosas para o público jovem. Em "Roll Out the Pork Barrel", a série aborda com sensibilidade a questão do bullying, enquanto "Full Metal Pullet" celebra a beleza da diversidade. Já em "My Fair Chicken", a animação nos convida a refletir sobre a importância de abraçar as diferenças, e em "Spot's Fairy God-Chicken", somos levados a uma jornada de autoaceitação.

 

Os episódios "The Maltese Chicken", "The Good-Bye Chick", "Virtual Lucky" e o "Dalmatian Vacation" (uma saga épica dividida em três partes) destacam-se como os pináculos da minha apreciação pessoal. A criatividade intrínseca e a profundidade emocional tecidas em cada narrativa ressoam profundamente comigo, proporcionando uma experiência cativante e memorável. O ápice da temporada, "Dalmatian Vacation", em particular, culmina em uma sinfonia de aventura e confusão, oferecendo um final emocionante e inesquecível para a série.


 

A série animada "101 Dálmatas", assim como sua temporada inaugural, demonstrou uma maestria narrativa singular, entrelaçando com desenvoltura gêneros tão diversos quanto o romance, a ação, o mistério e o suspense policial. Essa rica mistura de elementos exerceu um fascínio irresistível sobre mim durante a infância, consolidando-se como uma das minhas produções televisivas prediletas.

 

A longevidade desse apreço, que perdura até os dias atuais, reside na habilidade da série em transcender a mera função de entretenimento. Além de transmitir mensagens edificantes e cultivar um humor sagaz, "101 Dálmatas" soube explorar a diversidade temática com uma criatividade exuberante. A cada episódio, novas nuances e reviravoltas se desdobravam, mantendo o espectador em constante estado de expectativa e renovando o interesse pela animação a cada nova descoberta.





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