A Vida, o Universo e Tudo Mais Resenha

★★★☆☆

Nos dois primeiros livros, tínhamos uma trama mais coesa. No primeiro os personagens queriam chegar ao planeta Magrathea e descobrir a resposta para a Pergunta Fundamental e no segundo eles começaram fugindo dos Vogons e tentam encontrar o homem que criou o universo. No volume três da série, senti falta de uma trama mais convincente e cheia de aventuras como nos outros dois livros.

Depois de ficar preso na Terra pré-histórica, Arthur vive uma vida monótona, sem nenhuma esperança de mudança. Decide por fim enlouquecer até que Ford aparece – e estava em uma situação parecida – e juntos conseguem escapar em uma corrente do espaço-tempo sentados em um sofá.

‘A Vida, o Universo e Tudo Mais’ é o mais complicado de se ler. Não que ele seja chato, mas falta nele a mesma graça dos dois primeiros. Este volume é mais denso, mais pesado e as críticas são mais fortes, porém sutis.

Douglas Adams incorporou muito humor sátiro e ácido nos volumes anteriores. Depois do volume anterior eu estava esperando algo melhor ou até mesmo uma reviravolta, algo bem maluco, talvez eu não deveria ter criado expectativas. ‘A Vida, o Universo e Tudo Mais’ é mais parado e o humor quase inexistente.

Assuntos como xenofobia, racismo e intolerância são as principais críticas do livro. Temos neste livro também mais viagens pelo espaço/tempo, o que para mim, irritou um pouco e me confundiu em alguns pontos. É claro que isso muda conforme o leitor, eu não gosto muito de ler ficção científica, então, isso já faz da leitura automaticamente mais complicada de se acompanhar.

Enfim, o terceiro volume me decepcionou um pouco, apesar de ser um livro com muita crítica, estão muito bem feitas e bem colocadas. A questão é, por mais que eu não esteja gostando da série, eu não consigo abandonar, é tipo um problema que eu tenho (risos). ‘A Vida, o Universo e Tudo Mais’ é o que me desapontou até agora.

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