Aladdin: A Série Animada 1° Temporada Crítica
- Vinicius Monteiro
- 30 de out. de 2024
- 4 min de leitura
Atualizado: 10 de nov. de 2024

★★★☆☆
Ambientada após "O Retorno de Jafar", "Aladdin: A Série Animada" mostra as muitas aventuras de Aladdin e sua turma dentro e fora de Agrabah, enquanto eles encontram novos inimigos e amigos e encontram mistérios e tesouros encontrados em todo o mundo com os quais nunca poderiam sonhar. Muitas das histórias são baseadas em contos das 1.001 Noites.
A primeira temporada estreou em 6 de fevereiro de 1994 e ficou no ar até 1º de maio de 1994 no Disney Channel, com apenas 9 episódios. Eu assisti a série em inglês, por isso o nome dos episódios estão na língua original (não consegui achar em português). A minha opinião sobre a dublagem também é baseada no original e não na dublagem em português.
A temporada começa com o episódio "Getting the Bugs Ou" onde Aladdin aprende uma lição de humildade e autoestima um pouco cansativo, mas apresenta o vilão Mechanikles (dublado por Charlie Adler) é um cientista louco grego que se autodenomina "o maior dos grandes gênios gregos" e faz robôs tecnológicos complexos que comumente se assemelham à insetos e outros artrópodes. Ele também sofre de transtorno obsessivo-compulsivo, pois não gosta quando as coisas ficam confusas ao seu redor. O vilão é engraçado e competente na sua função, a mistura de tecnologia com a atmosfera seca e desértica da animação se misturou bem.
"Mudder's Day" e "The Prophet Motive" são aqueles episódios normais, que apresenta uma boa aventura e história, mas não são um marco da temporada. "Much Abu About Something" é um episódio onde Abu é a estrela, mas esse é um dos episódios da temporada que menos gostei, é simplesmente enfadonho. "To Cure a Thief" tem uma escrita desajeitada, mas consegue divertir.
O episódio "Fowl Weather" traz um vilão já um pouco conhecido vindo do filme "O Retorno de Jafar". Abis Mal (dublado por Jason Alexander) é um ladrão infantil e incompetente com aspirações de riqueza que faz tudo o que pode para conseguir dinheiro. Seu nome é um trocadilho com a palavra "abismal", que é uma referência aos resultados de todos os seus planos.
"My Fair Aladdin" tinha uma ótima ideia em suas mãos, uma história onde os personagens tentam sair de sua zona de conforto. Parte do problema desse episódio é que o conflito é resolvido rapidamente, mas opta por se arrastar de qualquer maneira. O humor da situação parece sem inspiração e o enredo desapareceu na obscuridade quando Mechanikles surgiu.
"Never Say Nefir" não tem uma história ou uma escrita incrivelmente boa, mas é um episódio divertido. As cores usadas são uma paleta incomum de rosas, roxos e verdes brilhantes, com uma animação bastante fluida. Esse é o meu episódio favorito da temporada.
O Gênio é um personagem muito divertido com o seu humor pastelão e com suas transformações malucas, mas a série não soube usá-lo bem. Em muitos momentos o personagem é usado para resolver problemas com seus poderes mágicos e em outros momentos ele é um inútil. Na série o personagem é dublado por Dan Castellaneta, eu não acho que ele deveria imitar Robin Williams, mas nos primeiros episódios a voz do personagem era igual a do Homer Simpsons. Eu não sou louco! Dan Castellaneta é o dublador de Homer Simpson na série animada "Os Simpsons". Eu tenho que confessar que isso estragou a experiência, pois eu só consegui enxergar um Homer azul, e não o Gênio.
A princesa Jasmine, infelizmente está um pouco ausente, ela poderia ter mais participação. Aladdin é o protagonista da série e sempre está desempenhando o seu lado mais astuto para salvar o dia, sempre acompanhado pelo carismático Abu, que eu acho que poderia ter tido mais destaque também. O Tapete Mágico, um personagem sem voz e que se expressa inteiramente por meio de pantomima e movimentos, só serve como transporte tirando completamente o seu carisma, é outro personagem que deveria ter sido melhor trabalhado na série.
O Iago, dublado por Gilbert Gottfried, é extremamente irritante! Na série, o personagem fornece uma perspectiva sarcástica, realista ou covarde sobre os eventos e só está realmente disposto a enfrentar o perigo se a grande recompensa for prometida. No entanto, ele às vezes é forçado a lutar contra sua consciência, e geralmente faz a coisa certa. Iago tem muito destaque e sempre está gritando o tempo todo, eu não achei uma boa ideia colocar esse personagem na série.
Muitos episódios de "Aladdin: A Série Animada" são histórias de aventura, mas alguns dos episódios desviam um pouco da fórmula usual do programa. O roteiro da série no geral são desajeitados e sem muito conflito o que deixou a temporada um pouco chata.
As aventuras são sempre recheadas de muita confusão, gritaria e muitos personagens. A quantidade de personagens secundários deixam os episódios bagunçados, com muitos deles simplesmente fazendo nada. O Tapete Mágico assim como Abu, poderia ter tido mais destaque e melhor aproveitado.
Eu gostei da animação, eu achei ela bem fluída e bem desenhada, mas não espere a mesma qualidade do filme. Há um bom uso das cores e o designer dos vilões eu achei muito legal. A série também cria novas aventuras em cenários que fogem do deserto e do cenário seco, o que eu achei muito positivo e criativo. Geralmente os novos personagens e cenários trazem uma proposta e culturas diferentes que se misturam bem na série.
A primeira temporada de "Aladdin: A Série Animada" é boba, exagerada e divertida. As histórias dos episódios tem pouco conflito e há um excesso de personagens em muitos momentos, há muita bagunça e muito barulho. No geral a série animada de Aladdin oferece muita aventura, boas mensagens e diversão.
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