Aladdin: O Retorno de Jafar Crítica Cinematográfica
- Vinicius Monteiro
- 6 de ago. de 2024
- 2 min de leitura
Atualizado: 7 de jan.

★★☆☆☆
Ao final de Aladdin, Jafar se tornou um gênio e por consequência, aprisionado em uma lâmpada junto com seu papagaio Iago. O filme começa com Aladdin atacando o ladrão Abis Mal e seu bando, e pegando os tesouros roubados. Algum tempo depois, Iago (ainda preso na lâmpada) escava seu caminho de volta à superfície. Jafar pede para Iago libertá-lo, mas o papagaio cansado de ser abusado resolve abandonar a lâmpada com o antigo mestre num poço, e volta voando a Agrabah. Tendo chegado, encontra Aladdin e salva-o de um ataque do bando de Abis Mal. Aladdin resolve acolher o papagaio ao seu lado. Mais tarde, porém, Abis Mal encontra a lâmpada de Jafar e liberta-o, e resolve colaborar com seus planos de vingança.
Desde o início, fica evidente que a Disney dedicou pouco esforço à produção de "Aladdin: O Retorno de Jafar", especialmente no quesito animação. Lançado diretamente em home vídeo, o longa-metragem animado faz parte da estratégia da empresa na década de 2000 de lançar filmes para locadoras.
"Aladdin: O Retorno de Jafar" possui a qualidade e fluidez de um episódio de desenho animado matinal de sábado. A animação é precária, bem abaixo do nível do filme original "Aladdin". Vale ressaltar que o filme foi feito como piloto para a série animada "Aladdin: A Série Animada", mas não é comercializado como tal.
O roteiro é episódico e sem foco definido. Com apenas 69 minutos de duração, o filme parece muito mais longo e, por incrível que pareça, consegue ser tedioso.
A música não é tão memorável quanto a do filme original. A canção "You're Only Second Rate", uma canção de vilão adequada para Jafar, é o único ponto alto da trilha sonora. As demais músicas são genéricas e esquecíveis.
"Aladdin: O Retorno de Jafar" não gira em torno de Jafar, nem de Aladdin, mas sim de Iago, o personagem mais irritante da animação. Ele é a verdadeira estrela do filme, o que é uma escolha questionável. Lutando com dilemas de honestidade e lealdade, Iago se torna o foco da narrativa enquanto debate se deve ficar ao lado de Aladdin ou sucumbir às tentações malignas de Jafar.
Personagens cativantes como o macaquinho Apu e o icônico Gênio Azul são relegados a segundo plano, servindo meramente para mover o enredo. A princesa Jasmine, que poderia ter tido a oportunidade de se destacar, também é deixada de lado, inclusive a química entre ela e Aladdin também ficou prejudicada.
"Aladdin: O Retorno de Jafar" é uma decepção em relação ao original, com animação e música de qualidade inferior e um roteiro mal desenvolvido. Uma sequência completamente desnecessária que pode prender a atenção de crianças pequenas, mas que certamente será uma grande decepção para os fãs do filme original.
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