Black Ops: Operação Secreta Crítica Cinematográfica
- Vinicius Monteiro
- 5 de nov. de 2024
- 2 min de leitura
Atualizado: 10 de nov. de 2024

★★☆☆☆
Um grupo de mercenários é enviado ao leste europeu em meio a uma guerra civil para recuperar informações, mas logo se encontra preso em uma escada que nunca termina, forçados a subir ou morrer. Para sobreviver, eles devem revisitar seus pecados do passado.
O que é realmente relevante nesse filme, é o seu elenco que há quase tantas mulheres quanto homens na equipe. Tradicionalmente, o exército é visto como um ambiente muito masculino e é ótimo ver tantas mulheres representadas neste mundo, talvez esse seja o único ponto positivo desse longa-metragem.
"Black Ops: Operação Secreta" leva um pouco de tempo para começar, já que a configuração inicial é a chave para o resto do filme, mas uma vez que isso está fora do caminho, o filme começa a se recuperar. A primeira meia hora é bastante brutal em alguns lugares, capturando a brutalidade que os mercenários são obrigados a realizar e testemunhar.
Eu poderia considerar o filme como um ficção científica, segundo sua trama, mas há um demônio feminino que mata os personagens um por um, há também, bastante tiros e agitação típica de um cenário de guerra. Então o filme oferece terror, ação e ficção científica? Bem, os tópicos dos gêneros estão todos ali, a ação aqui é a que mais se aprofunda em "Black Ops: Operação Secreta", o horror é muito familiar e a ficção científica confusa.
O diretor e também roteirista, Tom Paton é altamente influenciado pela cor. Cada configuração é iluminada de uma maneira diferente, temos verdes de visão noturna, azuis gelados e vermelhos vibrantes. "Black Ops: Operação Secreta" é um treino para os olhos, eu fiquei bastante incomodado ao assistir ao filme. O uso das cores têm um propósito de indicar onde e quando nossos personagens estão, mas isso é feito de uma maneira muito grosseira, é muito azul e muito vermelho, parece que foi aplicado um filtro sobre as imagens, é desconfortante assistir ao filme.
Muitos dos personagens têm cara de mau e dolorosamente sem humor. Os personagens são escolhidos aleatoriamente por uma força invisível, e eu não consegui me importar com nenhum deles. Eles não precisam ter camadas ou profundidade, apenas alguns são simpáticos o suficiente para eu torcer, e outros irritantes a ponto de eu aceitar o destino mortal. O roteiro de Paton é tão desprovido de nuances que não há espaço para nenhum dos personagens crescer. O roteiro traz uma trama um pouco esticada e às vezes vacila deixando o enredo confuso de seguir.
"Black Ops: Operação Secreta" é uma ideia repleta de potencial, mas muito mal executada. Dos gêneros propostos, até a construção de seus personagens, o filme é muito superficial. A brincadeira com as cores, não são sutis e me incomodou demais, inclusive eu fiquei com vontade de parar de assistir "Black Ops: Operação Secreta" de tão incomodado eu estava. O que vale a pena no filme é a forte presença feminina e a ação que ele oferece.
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