Cidades de Papel Resenha
- Vinicius Monteiro
- 24 de ago. de 2021
- 2 min de leitura
Atualizado: 25 de out. de 2024

★★☆☆☆
Quentin Jacobsen tem uma paixão platônica pela magnífica vizinha e colega de escola Margo Roth Spiegelman. Até que em um cinco de maio que poderia ter sido outro dia qualquer, ela invade sua vida pela janela de seu quarto, com a cara pintada e vestida de ninja, convocando-o a fazer parte de um engenhoso plano de vingança. E ele, é claro, aceita. Assim que a noite de aventuras acaba e um novo dia se inicia, Q vai para a escola e então descobre que o paradeiro da sempre enigmática Margo é agora um mistério. No entanto, ele logo encontra pistas e começa a segui-las. Impelido em direção a um caminho tortuoso, quanto mais Q se aproxima de Margo, mais se distancia da imagem da garota que ele achava que conhecia.
As obras do autor John Green sempre tem sua proposta em falar diretamente com os jovens, de forma objetiva e sincera. A linguagem do escritor é despretensiosa e divertida, dando um ritmo suave e ao mesmo tempo ágil à trama e nesse livro não é diferente. Em 'Cidades de Papel', ele aborda uma das fases mais difíceis na vida de qualquer pessoa, aquela de transição da juventude para a seriedade e as responsabilidades de uma vida adulta.
A primeira parte do livro é realmente legal. O livro começa com grandes expectativas, narrando uma situação em que Quentin e Margo encontram uma pessoa morta quando eram bem pequenos, com um início desse não tem como você não se prender a trama. Infelizmente a história caminha para uma trama muito cansativa.
'Cidades de Papel' é composto por personagens estereotipados demais. Margo Roth Spiegelman é muito carente, nenhuma atitude que a garota tem é justificável e plausível, com certeza ela é o que há de pior nesse livro. Quentin Jacobsen é quem sustenta o livro e ele também não é um personagem muito carismático e tudo o que o envolve é repetitivo.
Eu não larguei o livro pela metade, pois eu não consigo abandonar uma leitura, eu vou até o fim. Segundo que, quando Margo desaparece, o livro deixa você preso nesse mistério em querer saber o que aconteceu com ela. O mistério aqui não é algo extraordinário, muito pelo contrário, a jornada de Quentin Jacobsen através das pistas só deixam a história mais cansativa ainda além de nos levar em uma aventura chata.
E finalmente depois de uma leitura com muito esforço e arrastada, eu cheguei ao final do livro, que infelizmente decepciona muito. 'Cidades de Papel' gera uma grande expectativa para o final do livro e não consegue corresponder às expectativas.
'Cidades de Papel' gira o tempo inteiro falando sobre um único assunto que fica cansativo. O desfecho é sem graça e os fundamentos do mistério da história são muito ruins. A trama é sem graça e sem explicação, não há motivos para justificar o comportamento da personagem principal e o final deixa um gostinho amargo na boca.
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