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Diário da Queda Resenha

  • Foto do escritor: Vinicius Monteiro
    Vinicius Monteiro
  • 7 de abr. de 2021
  • 3 min de leitura

Atualizado: 11 de out. de 2024

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★★★★☆


Em um colégio israelita na cidade de Porto Alegre, o narrador nos relata uma passagem que o marcou: quando João, um bolsista “goi”, foi alvo de bullying pelos amigos judeus em sua própria festa de 15 anos. Em uma brincadeira característica de Bar Mitzva, João é jogado 13 vezes ao alto por colegas, todos eles judeus, mas na última vez, combinam de não ampará-lo. João cai e se machuca de maneira humilhante na frente de seu pai, um viúvo que prepara a festa com as dificuldades de uma pessoa humilde.

A meio da sua vida, o narrador projeta-se num momento-chave das memórias de adolescente, a queda do seu amigo João, excluído entre os excluídos, e acha-se igualmente desamparado. Serve-lhe o diário para forjar uma ideia de si mesmo, mas também para apaziguar e às vezes incendiar a memória de família.


'Diário da Queda' conta a vida de três homens: um avô sobrevivente do Holocausto; um pai entrincheirado no passado familiar; um narrador hesitante entre a reverência às suas origens e o impulso para se libertar delas. Sobre o pano de fundo da comunidade judaica, a narrativa avança e recua ao ritmo de uma trama pessoal. O livro é muito mais profundo do que se parece, essas gerações deixam seus rastros narcisistas conforme avançam.

No romance, o avô, por ter vivido o trauma do campo de concentração, quer passar para as novas gerações esse mesmo sentimento traumático, sobretudo, de uma forma repressiva que será vivida pelo filho e neto. É como se estes fossem obrigados a carregar o peso do judaísmo, negá-lo seria uma traição à cultura e ao sofrimento de todos os judeus de Auschwitz.


O que poderia ser um “processo de cura” acaba virando um fardo narcisista passado geração após geração. O avô transmite o trauma para o filho, que o vivencia de maneira mais branda que a do próprio pai. O neto, por sua vez, sentirá o trauma, ao negá-lo, buscará uma autodestruição mais tênue do que a do avô. Além do narcisismo nota-se temas como luto e melancolia.

Em poucos romances o leitor pode se sentir tão íntimo e próximo de uma história como acontece aqui, por mais que a realidade que ele viva seja tão diferente da apresentada por Michel Laub. O autor coloca muito bem nas páginas toda a carga emocional das suas personagens e faz isso passar para o leitor.


Sobre a narrativa do livro, não há ordem, não há lógica organizada dessas lembranças, elas surgem como se fossem o seu fluxo de pensamento, indo e vindo no tempo, recortando e colando momentos. O estilo do autor é muito arrastado, a partir de um certo momento a leitura fica cansativa. Se você não tiver uma compreensão maior da história contada, o livro pode não arrebatar, dificilmente ele desperta o interesse em continuar a leitura.

Michel Laub, com muito talento, fala de um ciclo familiar marcado pela história, por lembranças que não marcam só uma, duas pessoas, uma família, mas também uma cultura inteira. O autor expõe uma aguda reflexão sobre perdas, falta de afeto e a questão identitária. 'Diário da Queda' se desenvolve por capítulos curtos e o autor possui uma linguagem acessível e enxuta. Entretanto, eu confesso que fiquei um pouco desapontado com a leitura, o livro é bom e eu recomendo, porém a leitura é difícil e cansativa.


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