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Flores para Algernon Resenha

  • Foto do escritor: Vinicius Monteiro
    Vinicius Monteiro
  • 18 de out. de 2023
  • 3 min de leitura

Atualizado: 19 de abr. de 2024

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Esse texto pode conter possíveis SPOILERS.

Sinopse: Com excesso de erros no início do romance, os relatos de Charlie revelam sua condição limitada, consequência de uma grave deficiência intelectual, que ao menos o mantém protegido dentro de um “mundo” particular – indiferente às gozações dos colegas de trabalho e intocado por tragédias familiares. Porém, ao participar de uma cirurgia revolucionária que aumenta o seu QI, ele não apenas se torna mais inteligente que os próprios médicos que o operaram, como também vira testemunha de uma nova realidade: ácida, crua e problemática.

Resenha: A jornada em que o autor, Daniel Keyes, me levou a repensar sobre muitas coisas. 'Flores para Algernon' fará com que o leitor pense de maneira diferente sobre as pessoas com dificuldades de aprendizagem e outros problemas mentais. Ao ler os relatos de Charlie e enxergar o seu ponto de vista, o livro me fez sentir e entender coisas que talvez não tivesse antes.

Embora eu ache que esse romance envelheceu bem desde 1966, a sua história reflete a sociedade em seu tempo. Os personagens do livro estão constantemente chamando Charlie como “retardado mental”, hoje essa é considerada uma expressão depreciativa.

'Flores para Algernon' é contado em primeira pessoa através dos relatos de Charlie. O livro começa com a perspectiva docemente simples de Charlie, repleto de erros ortográficos. No mundo artístico, as pessoas com deficiência são, na maioria das vezes, retratadas como uma fonte de fofura, em vez de uma pessoa totalmente realizada por si só. O autor Daniel Keyes, com toda a sua honestidade em sua história, me surpreendeu com 'Flores para Algernon'.

Documentado por uma série de anotações no diário, o progresso da operação de Charlie é revelado à medida que a ortografia e a gramática de Charlie melhoram lentamente e ele começa a entender o mundo ao seu redor. A escrita aqui é magistral, pois é feita gradualmente, o leitor provavelmente mal perceberá a princípio. Eu acho que o autor foi muito perspicaz ao escrever esse livro, pois durante toda a leitura me senti próximo de Charlie.

Uma coisa que também ressoou em mim durante a história foi como Charlie lutou para ser visto como uma pessoa e não como um experimento. Essa necessidade do personagem foi responsável por sua repentina grosseria. Foi quase horrível quando Charlie descobriu que, antes da operação, as pessoas mal o consideravam uma pessoa. Isso me fez pensar em quantas vezes as pessoas desumanizam aqueles que são diferentes de si mesmas para justificar seus maus-tratos ou ódio a essas pessoas.

Também gostei da exploração de diferentes níveis ou tipos de inteligência. Por exemplo, embora o QI de Charlie pudesse estar em níveis geniais, sua inteligência emocional era inferior, levando a dificuldades em seus relacionamentos com as mulheres.

Charlie é inteligente, mas está claro que estava mais feliz antes da operação. Isso mostra que ser inteligente nem sempre significa que você será feliz. Ele teve que sofrer para entender que a maneira como sua mente estava mudando não era exatamente o que ele queria. Ele acabou perdendo o emprego e muitas pessoas que o cercavam por causa de sua mudança.

Daniel Keyes traça um personagem complexo, ao longo do livro, a sua necessidade de confrontar constantemente seu próprio passado e revelar mais sobre de onde veio, contrasta fortemente com sua jornada para a superioridade intelectual e seus poderes de inteligência cada vez mais estonteantes.

'Flores para Algernon' deixa alguns personagens um pouco de lado que poderiam ser mais desenvolvidos. O livro é um pouco previsível, pelo menos para mim foi. Eu praticamente descobri desde o início o que iria acontecer, embora não soubesse quando ou como, isso estragou um pouco a minha experiência de leitura.

Embora o livro seja fácil de ler, ele é ao mesmo tempo doloroso e instigante. Isso leva o leitor a dar um passo para trás e refletir sobre várias questões importantes, como o que significa ser humano? O que significa ser uma pessoa? O que significa “encaixar”? Daniel Keyes foi perspicaz com 'Flores para Algernon', esse é aquele tipo de livro que ressoa por um tempo após o término da leitura.

Nota: 7


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