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Furiosa: A Mad Max Saga Crítica Cinematográfica

  • Foto do escritor: Vinicius Monteiro
    Vinicius Monteiro
  • 1 de abr.
  • 6 min de leitura
Elsa Pataky, Tom Burke, Alyla Browne, Chris Hemsworth, Anya Taylor-Joy, Furiosa: A Mad Max Saga Crítica, Furiosa: A Mad Max Saga, Furiosa, Mad Max, George Miller,  crítica, filme, cinema, longa-metragem, crítica de filme, crítica de cinema, blog de cinema, site de cinema, blog de filme, site de filme, cinema em casa, sites de filmes, site do cinema, site de filme, site de streaming, streaming, site streaming, filmes, filmes de cinema, filmes cinema, site de filmes de cinema, filme, filmes no cinema, resenha crítica de um filme, resenha de um filme, resenha crítica de filme, resenha crítica de um filme, crítica de filmes, resenha de filmes, resenha crítica filme, resenha crítica, crítica, resenha de filme, resenha crítica de filme, análise crítica, análise de filme, análise cinematográfica, crítica cinematográfica, netflix, filme netflix, disney plus, hulu, disney plus filme, filme disney plus, filme hulu, amazon prime video, prime video, prime video filme, filme prime video, história de bastidores, bastidores, bastidor de filme, bastidores de cinema, por trás das câmeras, prime, filme prime, prime filme, hbo, hbo filme, filme hbo, hbo max, hbo max filme, filme hbo max, frases facebook, frases de facebook, frases para facebook, frases instagram, frases para whatsapp, frases tumblr, frases para instagram, frases twitter, frases para perfil, frases para foto sozinha, frases para status, frases tumblr amor, frases para face, frases para o facebook, frases de amor tumblr, frases para fotos sozinha, frases de indiretas, frases tumblr para fotos, frases para twitter, frases para orkut, frases bonitas para facebook, frases para foto, frases para status do whatsapp, frases de superação, frase, frase de filme, frases do filme, frases filmes, frase de filmes, frases de filmes, frase do dia, frase de amizade, frase de felicidade, frase de efeito, frase de motivação, simbologias, simbologia, simbologias nos filmes, simbologia dos filmes, filmes simbologias, mensagens subliminares, mensagens subliminares dos filmes, filmes mensagens subiminares, filme mensagem subliminar, mensagem subliminar, subliminar, easter eggs, easter eggs nos filmes, easter eggs dos filmes, drama, filme de drama, thriller, romance, filme de romance, terror, filme de terror, horror, filme de horror, mistério, filme de mistério, ação, filme de ação, aventura, filme de aventura, animação, filme animado, filme de animação, curiosidades, curiosidades de filme, filme curiosidades, suspense, filme de suspense, comédia, filme de comédia, lista de filmes, lista de filmes de terror, os melhores filmes, lista de filmes de romance, lista de animações, lista de filmes de horror, lista de filmes de ação, lista de filme de drama, lista de filmes de mistério, lista de filmes de ficção científica, lista de filmes de suspense, filmes baseado em livro, lista de filme de aventura, lista de filmes familiar, lista de filmes de natal, lista de filmes para crianças, lista de filmes de thriller, aventura animal, filme aventura animal, drama adolescente, filme drama adolescente, filme brasileiro, brasileiro, americano, filme americano, filme japonês, japonês, filme britânico, britânico, canadense, filme canadense, filme espanhol, espanhol, filme mexicano, mexicano, filme australiano, australiano, filme chinês, chinês, ordem cronológica, assistir filmes, filmes online, sequência, filme mudo, filme antigo, clássicos, filme clássicos, livro versus filme, diferença entre livro e filme, diferença entre o livro e o filme

★★★☆☆


A jovem Furiosa, sequestrada de seu lar, o Lugar Verde de Muitas Mães, por uma grande horda de motoqueiros liderada pelo senhor da guerra Dementus. Cruzando Wasteland, eles alcançam a Cidadela, dominada pelo Immortan Joe. Enquanto os dois tiranos disputam o domínio, Furiosa se vê envolvida em uma batalha incessante para retornar ao seu lar.

 

A narrativa do vindouro filme, conforme revelado por Miller, foi meticulosamente concebida antes mesmo da produção de 'Estrada da Fúria'. Essa decisão estratégica decorre da necessidade de dotar a personagem Furiosa de uma história de fundo robusta e complexa, capaz de sustentar sua presença e motivações, ainda que essa história permaneça velada e pouco explorada no filme anterior. Foi este meticuloso roteiro, que desvendava a trajetória de Furiosa, que serviu de alicerce para a construção da personagem por Theron. E, após o estrondoso sucesso de 'Mad Max: Estrada da Fúria', a produção de 'Furiosa' emergiu como um passo natural e inevitável, impulsionado pela existência de um roteiro já pronto para ganhar vida nas telas.


 

Apesar dos obstáculos impostos pela pandemia de COVID-19 e pelos conflitos de agenda, o filme finalmente se concretizou, chegando aos cinemas. É inegável que, embora o Max de Hardy exalasse um charme único, marcado por seu silêncio e melancolia, Furiosa se destacou como a estrela de 'Estrada da Fúria'. Sua jornada, repleta de coragem e determinação, ocupou o centro da narrativa, enquanto ela lutava para libertar as cinco esposas de Immortan Joe (Hugh Keays-Byrne). A personagem de Furiosa, com sua força e complexidade, conquistou o público, ecoando a intensidade da ação que permeia o filme.

 

A personagem se revela em sua totalidade, contrastando com a aura enigmática que sempre envolveu Max. A narrativa de sua origem assume proporções épicas, tecendo parábolas que acompanham a jornada de Furiosa, enquanto ela aprende, a duras penas, que o Wasteland é implacável em sua capacidade de usurpar tudo. Contudo, a riqueza de detalhes, paradoxalmente, torna-se um obstáculo. Furiosa sucumbe a um excesso de informação, um problema que 'Estrada da Fúria' jamais enfrentou. Certos trechos do filme se assemelham a um mero despejo de dados, como se Miller se sentisse compelido a preencher cada interstício da trama, em vez de permitir que a história se revele em sua essência.


 

'Furiosa' transcende a estrutura clássica de ação ascendente, clímax e queda, optando por uma divisão em cinco capítulos distintos. Essa escolha estilística, embora inovadora, impacta profundamente a experiência do espectador. A percepção do tempo se torna mais aguda, com os 148 minutos de duração revelando-se em ritmos contrastantes. Alguns capítulos pulsam com energia implacável, impulsionando a trama em uma velocidade vertiginosa, enquanto outros se desenrolam em uma cadência lenta e meticulosa, permitindo que a tensão se acumule gradualmente.

 

A natureza episódica dessa abordagem, embora instigante, pode não ressoar com todos os públicos. A fragmentação da narrativa, por vezes, subtrai a fluidez e a imersão que caracterizam a experiência cinematográfica convencional. No entanto, essa escolha ousada permite uma exploração mais profunda da jornada de Furiosa, dividindo sua história em arcos distintos que se complementam.


 

O capítulo inicial, um mergulho abrupto na ação, nos apresenta ao sequestro da jovem Furiosa. A partir desse momento, somos catapultados para um turbilhão de adrenalina, acompanhando a busca incansável de sua mãe, Mary Jo Bassa (Charlee Fraser). Essa sequência, magistralmente orquestrada, se destaca como um dos momentos mais tensos e emocionantes do filme.

 

Dementus, Immortan Joe e os demais personagens de Gas Town e Bullet Farm, embora relevantes, não possuem a profundidade necessária para justificar o extenso tempo de tela que lhes é concedido. A intrincada política que permeia o enredo acaba por sobrecarregá-lo, dando a impressão de que Miller poderia ter alcançado uma narrativa mais concisa e impactante se tivesse eliminado o excesso de informações. Embora a exploração da política de Gas Town e Bullet Farm possa ser valiosa para o elenco, o espectador não necessita de um conhecimento tão aprofundado. A inclusão desses elementos acaba por diluir a poderosa história de vingança de Furiosa, que se perde em meio a tramas secundárias.



O verdadeiro brilho do filme reside na performance arrebatadora das duas atrizes que dão vida à personagem principal, um feito que transcende a mera atuação. Contrariando a expectativa gerada pelo marketing, que focaliza em Anya Taylor-Joy, é Alyla Browne quem assume o protagonismo na maior parte da narrativa. Sua interpretação da jovem Furiosa é tão convincente que, em determinados momentos, a presença de Taylor-Joy chega a ser esquecida. Browne demonstra um talento nato, transitando com fluidez pelas diversas fases da vida de Furiosa, prenunciando um futuro promissor na indústria cinematográfica.

 

A transição entre Browne e Taylor-Joy é executada com uma maestria que desafia a percepção, um testemunho do talento excepcional de ambas. Ambas as atrizes demonstram uma capacidade camaleônica de se fundir à personagem, com Taylor-Joy evocando a presença de Charlize Theron em momentos de pura magia cinematográfica. Essa metamorfose, no entanto, não se deve a truques de efeitos visuais, mas sim ao puro talento das atrizes, um feito que impressiona e cativa o espectador.


 

A surpreendente química romântica entre Anya Taylor-Joy e Tom Burke como Jack se manifesta de forma instantânea e palpável. Embora o desenvolvimento do relacionamento possa parecer um tanto apressado em alguns momentos, carecendo de um aprofundamento que o tornaria mais orgânico, a performance magnética de Burke e Taylor-Joy compensa amplamente essa deficiência. A intensidade de sua interação é tamanha que os personagens são capazes de transmitir uma história inteira apenas através de olhares e gestos.

 

A performance de Chris Hemsworth, lamentavelmente, revela-se como o ponto fraco do filme. Carregando uma prótese nasal de dimensões questionáveis, que pouco contribui para a caracterização e falha em obscurecer o carisma natural do ator, Hemsworth não consegue se imergir completamente no papel de Dementus. O personagem, concebido como extravagante, fanfarrão e ambicioso, carece da sinistra ameaça que sua natureza exige. Hemsworth, ao invés de se fundir com o ambiente caótico do filme, destaca-se como um elemento dissonante, uma presença deslocada que se torna cada vez mais evidente à medida que a narrativa avança.


 

Em comparação com 'Estrada da Fúria', este filme se entrega a efeitos visuais digitais mais evidentes, e algumas composições de cena se mostram desajeitadas. A paleta de cores hiper-realista e a alta taxa de quadros conferem à obra uma qualidade pictórica, ainda que com nuances perturbadoras e intensas. No entanto, a obra se configura mais como uma expansão do que como uma reinvenção, e apesar de cumprir seu propósito com louvor, o impacto geral é atenuado pela modéstia de suas ambições artísticas.

 

O design de produção, como esperado, mantém a excelência que consagrou o filme anterior, mas a visão de Miller, neste caso, revela-se menos refinada. A fotografia de Simon Duggan, embora competente, não captura a mesma exuberância visual que John Seale imprimiu em 'Estrada da Fúria'. A trilha sonora de Junkie XL, embora presente, não evoca a mesma emoção arrebatadora em certas sequências de perseguição e ação, deixando o público em um silêncio questionador. 'Furiosa' se distingue pelo uso magistral do som. A fusão de uma mixagem sonora visceral e estrondosa proporcionando uma experiência sensorial arrebatadora, que exige ser vivenciada em um cinema equipado com um sistema de som de alta qualidade.


 

É característico da série Mad Max que "Furiosa" seja predominantemente um espetáculo de perseguições veiculares, com breves momentos de pausa. A narrativa se concentra no essencial para impulsionar a trama, relegando a exposição a um papel secundário. Embora alguns cenários se destaquem pela originalidade, a duração do filme se mostra excessiva, culminando em um desfecho anticlimático nos últimos 30 minutos. Apesar da resolução do conflito central, a tensão se dissipa, em grande parte devido à nossa familiaridade com o destino de Furiosa em "Estrada da Fúria". Paradoxalmente, o que deveria ser o ápice do filme se revela uma experiência aquém das expectativas.


 

Em contrapartida, a experiência de assistir "Furiosa" em um cinema convencional ou em um sistema doméstico pode resultar em uma perda significativa da qualidade sonora e visual, comprometendo a imersão e a apreciação da obra. Sem o aparato técnico adequado, o filme corre o risco de se tornar repetitivo e superficial. A grandiosidade do espetáculo, que reside na combinação de imagens impactantes e sons envolventes, é essencial para a fruição plena de "Furiosa".


Enquanto a prequela se apresenta como uma obra cinematográfica de estrutura convencional, com suas duas horas e meia de duração, 'Estrada da Fúria' se destacou por sua singularidade. O último 'Mad Max' transcendeu as expectativas, emergindo como uma sequência de perseguição de duas horas que nos imergiu na realidade crua de seus protagonistas. A narrativa se desenvolveu através do conflito, revelando as nuances dos personagens de forma orgânica, em contraste com a exposição tradicional.


 

"Furiosa" se encontra em um terreno desafiador, tendo como referência o aclamado "Mad Max: Estrada da Fúria", um filme que se destacou por sua excelência técnica e artística. A nova obra carrega o peso dessa comparação inevitável, que coloca em evidência a superioridade cinematográfica de seu antecessor. Para se destacar e conquistar seu próprio espaço no mundo do cinema, "Furiosa" precisará superar esse obstáculo e encontrar sua identidade única.





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