O Peregrino Resenha
- Vinicius Monteiro
- 13 de jun. de 2022
- 2 min de leitura
Atualizado: 16 de nov. de 2024

★★☆☆☆
Neste livro, Bunyan narra a viagem de Cristão, um peregrino espiritualmente abatido que viaja rumo a Cidade Celestial. O Peregrino inicia com um poema no qual descreve os motivos para o livro e a razão de usar formas alegóricas (semelhante aos autos do teatro medieval) para contar a aventura do viajante que se encontra com personagens de carne e osso, mas que possuem nomes simbólicos que remetem ao evangelho de Jesus Cristo, como Evangelista, Adulação, Malicia, Apoliom e Vigilância. Um clássico cristão que ainda hoje tem um importante papel como guia sobre a perseverança em meio a dificuldades.
'O Peregrino' de John Bunyan é um clássico histórico do século XVII e preservado com carinho pelos cristãos. O livro pode ter um forte senso cultural e historicamente significativo, para mim a leitura trouxe um certo desapontamento e a obra entra para lista de um dos livros mais chatos que já li.
O livro contém duas partes principais. A primeira parte é sobre um homem, que sai em peregrinação para encontrar a Cidade Celestial. Depois que ele vai em peregrinação, seu nome se torna cristão. A segunda parte é sobre sua esposa e outros, indo para a Cidade Celestial. Depois que ela vai em peregrinação, seu nome se torna Christiana.
O livro é contado em estilo alegórico. Os personagens são simbolicamente nomeados por suas qualidades de caráter, como o Evangelista, Sr. Sábio do Mundo, Fiel, Misericórdia, Sr. Grande Coração, Sr. Honesto, etc. No começo na leitura a ideia soa interessante, mas tudo acaba sendo óbvio demais sobre o tipo de pessoa que cada personagem representava, isso me fez perder um pouco o encanto.
John Bunyan expõe com frequência referências às Escrituras ao longo do livro, expondo muitas das principais doutrinas da fé cristã. 'O Peregrino' também traz muitas discussões sobre questões teológicas e tópicos importantes sobre uma vida cristã, reconhecendo que as pessoas enfrentam inúmeras decisões que podem afastá-las da vontade de Deus e que os cristãos não são perfeitos ou sem pecado.
Por um outro lado, todas essas referências deixaram o livro didático demais para a sua proposta. 'O Peregrino' carrega um pouco de fantasia em sua narrativa, mas esse mundo fantasioso é nada explorado, deixando a história praticamente como se fosse uma paródia da Bíblia.
Se o livro fosse mais curto ou fosse simplesmente um conto, eu provavelmente teria tido mais simpatia por ele, mas o 'O Peregrino' me desapontou bastante, entregando uma leitura arrastada e chata. Eu recomendo 'O Peregrino', de John Bunyan, se você estiver pesquisando as visões religiosas do século 17 na Inglaterra ou se você for um cristão curioso. A obra é muito óbvia, didática demais para a sua proposta e tediosa de ler.
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