O Príncipe Esquecido Crítica Cinematográfica
- Vinicius Monteiro
- 4 de abr.
- 2 min de leitura

★★★☆☆
Toda noite depois que Sofia adormece, seu pai a leva para um mundo dos sonhos, localizado em um estúdio de cinema cheio de fantasia e imaginação. Djibi encara o papel de príncipe heróico e encantado e alimenta os contos de fada da infância.
Preparados para uma aventura hilária e emocionante? O roteiro, assinado pelo trio de gênios Bruno Merle, Noé Debré e Hazanavicius, nos leva para dentro da mente de Djibi, um paizão que precisa lidar com a filha Sofia crescendo e se transformando. E não é qualquer transformação, viu? Sofia está virando uma adolescente!
Para escapar da realidade, Djibi se refugia no mundo de fantasia que ele mesmo criou, um lugar que parece ter saído direto de um filme antigo de Hollywood, com direito a atores fantasiados e criaturas pra lá de bizarras. É nesse cenário maluco que Djibi vai enfrentar seus medos e inseguranças, em uma jornada cheia de reviravoltas e momentos hilários.
É como assistir a um malabarista tentando equilibrar dois pratos giratórios: a realidade e a fantasia. Às vezes, ele até se empolga demais e os pratos começam a girar em círculos, meio sistemáticos. As duas histórias, a real e a inventada, seguem lado a lado, com algumas pausas para cenas que mais parecem comerciais de margarina. E no final, tudo se resume a Djibi tentando encontrar o caminho de volta para o coração da filha, uma jornada tão previsível quanto um episódio de desenho animado repetido.
É inegável que o filme ostenta uma produção de cair o queixo, com um visual que parece ter sido banhado em cores vibrantes, cortesia do diretor de fotografia Guillaume Shiffman. Já o cenógrafo Laurent Ott, com sua genialidade, criou um contraste tão forte entre o mundo real de Djibi e o universo fantasioso dos estúdios de Hollywood, que a gente fica se perguntando se não estamos assistindo a dois filmes ao mesmo tempo! Para completar essa festa visual, a trilha sonora de Howard Shore entra em cena, com seus floreios e melodias emocionantes, elevando o filme a um patamar digno de Hollywood, bem acima do que esperaríamos de um filme infantil francês comum. É como se tivessem pegado um filme francês e dado um "up" de Hollywood, com direito a tapete vermelho e tudo!
Ah, 'O Príncipe Esquecido', aquele filme que tenta agradar a gregos e troianos, tipo um buffet de festa infantil! É inegável que tem seu charme, e Omar Sy, com seu carisma de urso de pelúcia, se encaixa perfeitamente no papel do pai bonachão. Ele nos arranca umas risadas aqui e ali, especialmente quando as confusões familiares entram em cena. No entanto, vamos ser sinceros: a história é mais previsível que receita de bolo de vó.
Michel Hazanavicius, o diretor, nos entrega um conto de amadurecimento que já vimos tantas vezes que dá pra sentir um déjà vu cinematográfico. É como se ele tivesse usado um daqueles moldes de biscoito em formato de coração, sabe? Bonitinho, mas nada de novo sob o sol.
Comments