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O Último Voo das Borboletas Resenha

  • Foto do escritor: Vinicius Monteiro
    Vinicius Monteiro
  • 9 de mar. de 2021
  • 3 min de leitura

Atualizado: 6 de out. de 2024

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★★★★☆


A premiada autora de mangás Kan Takahama nos traz um recorte singular de um momento turbulento do Japão, quando se encerrava a Era Edo e se iniciava a Era Meiji, com as forças do xogunato recuando e as fronteiras do país começando a se abrir para negócios com nações estrangeiras. É nesse panorama de grandes mudanças que acompanhamos a história de Kichou, uma tayu, prostituta de alta classe que se encontra no topo da hierarquia do bordel onde oferece seus serviços.

Vivendo dia após dia como a profissional do ramo mais cobiçada de seu bairro, ela não vê problema algum em ter que atender clientes de qualquer nacionalidade, até que sua vida se cruza com a de um homem que padece de uma grave doença. Uma trama com passagens ao mesmo tempo ásperas e cruéis, mas que também evoca uma beleza indelével, despertando um tipo de fascinação que só poderia ser causada pelo talento e sutileza de sua criadora.

'O Último Voo das Borboletas' revive uma era de grandes transformações sociais para o Japão. Ainda não unificado, o país começa a se abrir para o mundo, mas teme perder sua identidade. Por conta disso, tenta resistir à invasão cultural europeia, repudiando tudo que seja de origem estrangeira.


O enredo 'O Último Voo das Borboletas' é muito simples, apesar das reviravoltas e surpresas, a trama é sem peso emocional e corrida demais, é possível ler esse mangá em um dia. O mangá é dividido em 8 capítulos e se desenvolve com leveza e aos poucos. Conhecemos um pouco do funcionamento da vida nos bordéis, da relação dos japoneses com os estrangeiros no século XIX e do intercâmbio entre a medicina ocidental e oriental, entre outros aspectos.

Apesar de sua narrativa básica, é preciso ter paciência para ler. Devido a história estar em um contexto histórico e em uma época diferente, há diversas notas no rodapé nos quadros para situar melhor as palavras usadas no período e seu contexto histórico. Na maioria dos rodapé é impossível de ler o que está escrito, eu consegui ler alguns, outros estavam realmente ruins, e eu não tenho problema nenhum nos olhos tá?! (risos)


Mas no final do mangá, há posfácio e um glossário que acrescenta muito à jornada, tem os termos melhor explicados. Isso foi bom e ruim ao mesmo tempo, legal a publicação trazer um estudo para ajudar ao leitor, mas para mim a experiência ficou um pouco desagradável, pois eu tinha que ficar parando para "estudar" o que estava lendo. Se a trama fosse mais longa e melhor trabalhada, todo o lado histórico estaria melhor encaixado na trama, não tendo a necessidade do leitor parar a leitura.

O mangá traz o ambiente dos bordéis no que tinham de glamoroso, mostrando como essas beldades eram cobiçadas, mas devido ao alto preço, poucos podiam desfrutar de seus favores. Muitos trocavam suas economias, conquistadas ao longo de uma vida de trabalho, pelo privilégio de uma noite. Mas também desnuda o lado obscuro, como o sonho de obter a liberdade (várias eram vendidas ainda crianças) e o fantasma da sífilis.



O traço da autora é muito bonito, com muito uso do tom acinzentado o mangá traz um ar de aconchegante e deixa a história mais íntima, a arte é realmente surpreendente. O enredo não tem muito peso emocional, devido a narrativa muito corrida com muita informação, ele não dá espaço para um desenvolvimento melhor dos personagens e suas relações.

É um mangá diferenciado, que traz uma perspectiva feminina - e não feminista- sobre uma época cheia de contradições, principalmente no que se refere á condição de uma mulher vista como objeto de desejo masculino e que é impossibilitada de viver livremente. Os personagens são cativantes, a ambientação é incrível e a história é sensível.


'O Último Voo das Borboletas' tem muita informação colocada pela autora em um mangá de 150 páginas, por mais que o enredo não seja algo difícil, dar pausa na leitura quebra toda a narrativa da história. Faltou lapidar melhor o enredo, a conexão dos personagens é frágil e o ritmo acelerado da narrativa não deixa as emoções pesarem e precisam arrumar a nota do rodapé para melhor leitura.


Ler sobre um fato histórico, até certo ponto desconhecido, é muito interessante. O mangá traz uma história muito bonita, bastante conteúdo e deixa transparecer uma cultura. A leitura consegue nos transportar para esse universo e época. Eu recomendo sim esse mangá vale a pena.


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