Poker Face 1° Temporada Crítica
- Vinicius Monteiro
- 29 de jul. de 2024
- 2 min de leitura

Esse texto pode conter possíveis SPOILERS.
Sinopse: Charlie tem uma habilidade extraordinária: ela consegue saber quando alguém está mentindo. Ela embarca em uma viagem e, a cada parada, encontra pessoas e crimes estranhos que ela não pode deixar de resolver.
Crítica: Rian Johnson, após o sucesso estrondoso de "Entre Facas e Segredos", finalmente se aventura no gênero procedural televisivo com "Poker Face". Natasha Lyonne, já aclamada por seu papel em Boneca Russa, estrela a série como Charlie Cale, uma mulher com a peculiar habilidade de detectar mentiras.
"Poker Face" se destaca por sua estrutura episódica, homenageando clássicos como "Columbo" e "Monk". Cada episódio é um caso fechado, com começo, meio e fim, proporcionando ao público uma experiência completa e satisfatória a cada semana. Essa fórmula, embora simples, é revigorante em meio à saturação de séries com longas tramas serializadas.
Um dos pontos altos de "Poker Face" é seu elenco impecável. Natasha Lyonne brilha como Charlie, imbuindo-a de carisma e perspicácia. As participações especiais, que incluem nomes como Adrien Brody, Chloë Sevigny e Hong Chau, elevam ainda mais o nível da produção.
A série não foge do clichê, mas o abraça com inteligência. Os crimes são criativos e instigantes, e os cenários, sempre diferentes, garantem um visual atraente. As reviravoltas são bem elaboradas e as resoluções dos casos, embora nem sempre surpreendentes, são satisfatórias.
Apesar da qualidade inegável, a série apresenta alguns pontos fracos. Em alguns episódios, a quantidade de informações e personagens pode ser excessiva, dificultando o acompanhamento da história. Além disso, a série flerta com a desconexão entre a gravidade dos crimes e o tom leve e bem-humorado da narrativa.
Outro ponto que merece atenção é a superficialidade com que a série lida com a gravidade dos crimes. Apesar de serem o centro da narrativa, os assassinatos em si, por vezes, são tratados com leveza, dando mais ênfase aos personagens e à resolução do mistério do que ao impacto humano do crime.
No geral, "Poker Face" é um entretenimento divertido e despretensioso, perfeito para quem busca uma série leve e descontraída. A nostalgia da estrutura clássica, o charme de Natasha Lyonne e as participações especiais de peso garantem uma experiência agradável para os fãs de uma boa série de mistério.
Conclusão: Se você busca um mistério eletrizante e cheio de reviravoltas, Poker Face pode não ser a sua praia. Mas se aprecia um bom mistério clássico com um toque de humor e nostalgia, a série certamente te conquistará.
Nota: 6
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