Por Lugares Incríveis Crítica Cinematográfica
- Vinicius Monteiro
- 23 de jun. de 2020
- 2 min de leitura
Atualizado: há 4 dias
★★★☆☆
O diretor Brett Haley tenta envolver os personagens em camadas de tristeza, suicídio e doença mental, enquanto também tenta nos investir em um romance fofo. É um filme delicado, especialmente por ser destinado a um público jovem e sensível, mas o equilíbrio não acontece.
Acompanhamos Violet Markey e Theodore Finch, que têm suas vidas transformadas para sempre quando se conhecem. Juntos, eles se apoiam para curar os estigmas emocionais e físicos que adquiriram no passado.
'Por Lugares Incríveis' tem o seu começo diferente, eu até fiquei um pouco intrigado. Mas a camada melancólica do filme acaba distraindo as escolhas dos clichês que tem por aí. Tudo que uma comédia romântica jovem tem para oferecer, o filme lhe entrega, mas com bastante tristeza.
Os personagens são interessantes, seus traumas e marcas são muito mais interessantes do que o romance entre eles. Torcemos pela cura deles e não pelo amor. O relacionamento deles é difícil de comprar, não há exatamente uma conexão imersiva aqui.
Theodore Finch (Justice Smith) é escondido pela trama romântica. No livro, Finch é descrito como transtorno bipolar não diagnosticado, algo que o filme nunca explica completamente. Cito isso, pois um filme para adolescente que trata de marcas causadas por traumas do passado e doença mental, deveria ter sido mais responsável em com sua abordagem.
Como a Netflix teve muita sorte com romances adolescentes, gastar o dinheiro com essa produção e com esse elenco foi uma aposta inteligente. 'Por Lugares Incríveis' é uma ideia genuinamente interessante, um filme que permanece brevemente no fundo do poço, mas permanece decepcionantemente raso.
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