Transformers: A Era da Extinção Crítica Cinematográfica
- Vinicius Monteiro
- 13 de nov. de 2024
- 3 min de leitura

★★☆☆☆
Prepare-se para mais 2 horas e 45 minutos de explosões, robôs gigantes e frases de efeito que você já sabe de cor. 'Transformers: A Era da Extinção' é a prova de que, no universo de Michael Bay, mais longo significa mais chato. Um filme tão repetitivo que até os Transformers devem ter bocejando durante as gravações.
Após a batalha de Chicago, Autobots e Decepticons desaparecem da Terra. A humanidade, traumatizada pelos eventos, agora caça os Transformers remanescentes. Cade Yeager, um inventor, encontra e ajuda a restaurar Optimus Prime. Juntos, eles se veem perseguidos por uma nova ameaça Transformer e por agentes do governo. A trama explora temas como a busca por uma nova casa para os Transformers e a desconfiança humana em relação a eles.
Michael Bay, percebendo o potencial financeiro da franquia Transformers, optou por uma fórmula simples e lucrativa: reiniciar a história em um novo cenário, com um elenco diferente, mas mantendo os elementos que garantiram o sucesso da saga, como explosões grandiosas e ação frenética. Essa estratégia visa garantir a continuidade da bilheteria, do merchandising e do interesse do público nos parques temáticos.
Mark Wahlberg, com sua energia contagiante, tenta preencher o papel de protagonista humano, lembrando o estilo frenético de Shia LaBeouf. Embora algumas de suas falas sejam previsíveis, seu carisma as torna mais palatáveis. Nicola Peltz, com sua beleza e agilidade, encarna a típica heroína de ação, desvendando cenários perigosos com jeans skinny e saltos altos, em um visual que evoca Megan Fox. Como em filmes do gênero, a humanidade serve mais como pano de fundo para as batalhas épicas entre robôs, com a ação frenética roubando a cena.
A trama de 'Transformers: A Era da Extinção' é complexa, envolvendo diversas facções. A CIA, através da unidade Cemetery Wind, liderada por James Savoy, caça Transformers e seus componentes para a Kinetic Solutions, empresa de Joshua Joyce que desenvolve um novo metal, o transformium. Paralelamente, os Dinobots, dinossauros transformados em robôs, são introduzidos, adicionando outra camada à narrativa.
Uma sequência frenética de batalhas entre robôs gigantes e humanos desesperados marca a trama, com explosões constantes e perseguições alucinantes. O cenário se alterna entre as megalópoles de Pequim e Hong Kong, transformando cada rua em um campo de guerra. Em meio ao caos, alianças são formadas e quebradas a todo instante, em um conflito que envolve praticamente todos os personagens antes do desenlace final.
O roteiro de Ehren Kruger é um emaranhado confuso de ideias mal desenvolvidas. A narrativa, repleta de diálogos que parecem mais ironias dirigidas ao diretor Michael Bay do que à trama, não consegue se sustentar. Frases como 'Você não tem alma' e 'Estou sem ideias' evidenciam uma falta de coesão e profundidade, transformando o roteiro em uma experiência frustrante para o espectador.
A cada novo filme, Michael Bay aprimora sua direção nas sequências de ação. Em 'Transformers: A Era da Extinção', a clareza nas batalhas é notável, permitindo ao espectador acompanhar com facilidade os confrontos entre os gigantescos robôs. O caos visual, marca registrada do diretor, é intensificado por um emprego mais elaborado de câmera lenta e cortes precisos.
A busca por expandir o universo Transformers em 'A Era da Extinção' é louvável, mas a execução deixa a desejar. O alongamento da trama, com diversas sequências de ação que se arrastam, prejudica a coesão do filme. Embora os fãs da franquia encontrem aqui elementos que os satisfaçam, o excesso de elementos já vistos em filmes anteriores impedem que 'A Era da Extinção' se eleve acima da média.
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