Um Conto de Natal Resenha
- Vinicius Monteiro
- 5 de dez. de 2020
- 3 min de leitura
Atualizado: 10 de nov. de 2024

★★★★☆
Você já leu 'Um Conto de Natal' de Charles Dickens? É um clássico atemporal natalino, responsável em habitar um dos personagens mais famosos da literatura, o senhor Scrooge, e li esse clássico pela primeira vez em 2020.
Scrooge trabalha em um escritório em Londres com o seu empregado Bob Cratchit, pai de três filhos e do pequeno Tim, que tem problemas nas penas. Na véspera do Natal, enquanto todos preparavam-se para a celebração, Scrooge, um homem avarento que domina o Natal, não via razão para tanta alegria. Até que recebe a vista do fantasma do seu falecido sócio, que se arrependeu de não ter sido bom e nem generoso em vida e acha que Scrooge tem uma chance. Segundo o fantasma, Scrooge receberá a vista de três fantasmas, que o levarão a uma viagem pelo presente, passado e futuro, para tentar salvá-lo enquanto é tempo.
'Um Conto de Natal' de Charles Dickens é uma novela que foi publicada pela primeira vez em 1843. É um livro que você pode ler em menos de duas horas, o que é diferente de muitos livros escritos por Charles Dickens. Ele usava seus livros como críticas sociais para o que estava acontecendo em seu tempo.
A importância do livro foi cimentada no Natal de 1852, quando Dickens fez leituras públicas dele para públicos educados e da classe trabalhadora. O sucesso desses eventos fez com que as leituras públicas se tornassem uma parte importante de sua carreira posterior, geralmente apresentando 'Um Conto de Natal'. A curta duração da novela e a forte mensagem moral garantiram que ela se tornasse um dos clássicos mais conhecidos do autor.
Devo confessar que apesar das inúmeras referências ao personagem Scrooge no cinema e na música, eu fiquei satisfeito com a experiência da leitura. Foi uma experiência única ler ao livro e se deparar com uma história diferente daquelas que já recontadas em tantas adaptações.
O livro bebe de fontes muito familiares em toda a sua narrativa. As críticas do autor sobre questões sociais está em todos os cantos nessa história. O personagem Scrooge é um clichê básico, um velho rabugento que vai se transformar com a magia do Natal. Esses fatores deixam a história bem previsível e um pouco encantadora para os tempos atuais, mas a obra foi que criou esse clichê, por isso ela é tão importante e influente.
Há uma coisa que eu gostei nesse livro, que foram os personagens fantasmas que visitam e levam Scrooge a uma transformação de vida. Esses personagens trouxeram um ar sombrio há uma típica história natalina, o que criou um contraste incrível.
O primeiro fantasma é o Fantasma do Natal Passado, o leitor descobre que Ebenezer Scrooge nem sempre foi uma pessoa malvada, ele gostava de Natal e respeitava os outros. Ele teve uma infância muito difícil e muitas vezes estava sozinho. Ele tinha uma amiga de quem era próximo e eles juraram se casar, mas ele a deixou ir. Scrooge mudou suas prioridades, quanto mais dinheiro ele conseguia, mais ele queria.
O próximo fantasma que visita Scrooge é o Fantasma do Presente de Natal, que ele segue de boa vontade. Embora o fantasma domine Scrooge, muito tempo é gasto vendo como seu sobrinho está feliz com sua esposa e amigos. Apesar de serem pobres, há muito riso em suas vidas. Sua família não gosta de Scrooge, mas eles brindam pela vida do velho rabugento.
O terceiro e último fantasma é o Fantasma do Natal Que Ainda Está Por Vir, naquele momento, Scrooge acabou de morrer e ninguém está de luto por ele. Eles se preocupam em obter alguns de seus pertences. A cada encontro fantasmagórico, ele é ainda mais transformado em uma pessoa mais caridosa, misericordiosa e humana. Então, no terceiro encontro, Scrooge está se arrependendo e implorando por uma segunda chance, que lhe é dada.
'Um Conto de Natal' é um clássico, sua história pode ser um clichê para os tempos modernos, mas o livro é que popularizou essa narrativa tão copiada atualmente. 'Um Conto de Natal' de Charles Dickens é uma história que nos lembra que ninguém é totalmente mau e que somos capazes de mudar nossas maneiras e hábitos ruins. A maioria de nós tem uma segunda chance, mas nem todo mundo faz uso dela.
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