+ Velozes e + Furiosos Crítica Cinematográfica
- Vinicius Monteiro
- 22 de ago. de 2024
- 2 min de leitura
Atualizado: 5 de jan.

★★☆☆☆
Após deixar a polícia, Brian O'Conner é forçado a participar de uma nova missão: se infiltrar no crime organizado de Miami de forma a investigar sobre o transporte de dinheiro sujo para Carter Verone, o chefe do tráfico local. Para tanto ele recebe a ajuda de seu ex-colega Roman Pearce e da agente secreta Monica Clemente.
A promessa de mais velocidade e mais emoção em "+ Velozes + Furiosos" era grande. No entanto, o resultado final se revela uma decepção para os fãs da franquia, com uma trama clichê e personagens unidimensionais que se perdem em meio a explosões e perseguições frenéticas.
A estética neon e a trilha sonora exagerada, reminiscentes de um episódio esquecível de "Miami Vice", transformam o filme em um desfile de carros tunados, onde a adrenalina é substituída por um visual frenético e superficial.
John Singleton, conhecido por seu trabalho em "Boyz'n the Hood: Os Donos da Rua", demonstra aqui uma clara falta de habilidade para dirigir sequências de ação. A câmera lenta excessiva e os close-ups nos carros, embora esteticamente bonitos, criam um ritmo cansativo e fragmentam a narrativa.
A fotografia hiperestilizada, com cores vibrantes e contrastes exagerados, transforma os carros em ícones pop, mas distorce a realidade e impede a imersão do espectador.
Os personagens, por sua vez, são caricaturas unidimensionais que se resumem a seus estereótipos. Os mocinhos são valentões bonitinhos, os vilões são clichês e os policiais são irritantes. A ausência de desenvolvimento psicológico e de relações humanas mais complexas torna difícil se conectar com qualquer um dos personagens.
"+ Velozes + Furiosos" é um filme que sacrifica a profundidade narrativa em prol de um espetáculo visual exuberante, mas vazio. A obsessão por carros tunados e perseguições alucinantes acaba ofuscando a essência da franquia, que sempre se destacou por seus personagens carismáticos e suas histórias emocionantes. Ao transformar a saga em um desfile de carros e explosões, John Singleton entrega um produto que agrada aos olhos, mas deixa a desejar no coração dos fãs.
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