Velozes e Furiosos 4 Crítica Cinematográfica

★★☆☆☆

Depois de ser visto rumo ao México no filme que deu origem a série, Dominic "Dom" Toretto reaparece na República Dominicana praticando seus golpes ao lado de sua namorada Letty e sua gangue. Com o FBI na sua cola, Dom decide fugir para não comprometer seus comparsas. Contudo, um assassinato cometido por um traficante de drogas acende nele uma sede de vingança que o faz cruzar novamente com o agente Brian O'Conner numa perigosa missão.

"Velozes e Furiosos 4" é um frenesi automobilístico que, por vezes, perde o fôlego. Enquanto as sequências de corrida explodem em adrenalina e acrobacias desafiando a física, os momentos entre elas revelam um roteiro pouco inspirado e atuações medianas.

Vin Diesel e Paul Walker, apesar de carismáticos, parecem contidos em diálogos pouco envolventes. A sensação de que o tempo se arrasta entre as sequências de alta octanagem é constante, com o filme se estendendo por 106 minutos que parecem uma eternidade. A repetição de fórmulas e a falta de inovação na narrativa tornam este capítulo da franquia um tanto quanto cansativo, mesmo para os fãs mais dedicados.

Embora Justin Lin entregue algumas sequências de perseguição eletrizantes, a direção não consegue elevar o filme como um todo. O roteiro, frágil e aparentemente moldado para exaltar as supostas habilidades de atuação e produção de Vin Diesel, pouco contribui para a trama. Entre as explosões de adrenalina, somos brindados com cenas técnicas de veículos e diálogos maniqueístas sobre o embate entre o bem e o mal.

Em "Velozes e Furiosos 4", a trama é relegada a um segundo plano, dando lugar a uma explosão de adrenalina e sequências de ação que desafiam as leis da física. Carros tunados, corridas alucinantes e manobras impossíveis são os verdadeiros protagonistas, e a câmera, em vez de buscar realismo, celebra o exagero e o absurdo, entregando um espetáculo visual que prioriza o impacto sobre a coerência.

"Velozes e Furiosos 4" é um filme que se perde na própria velocidade. A busca incessante por momentos de impacto visual e sequências de ação espetaculares acaba ofuscando a narrativa e os personagens, que se tornam meras peças de um quebra-cabeça visualmente exuberante, mas narrativamente vazio. A repetição de fórmulas e a falta de profundidade emocional deixam a impressão de que a franquia está patinando em terreno já conhecido, sem oferecer nada de novo para o público.

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