Velozes e Furiosos 6 Crítica Cinematográfica

★★☆☆☆

Os heróis se espalham pelo mundo após o golpe de Dom e Brian no Rio de Janeiro que deixou o grupo com US$100 milhões. Mas a incapacidade de voltar para casa e viver em um lar tornou suas vidas incompletas. Enquanto isso, Hobbs esteve perseguindo uma organização de mercenários sobre rodas, um grupo de homens cruéis divididos em 12 países, cujo mentor tem ajuda da destemida Letty, a antiga namorada de Dom, que ele acreditava estar morta. A única maneira de parar este grupo de criminosos é superá-los nas ruas, por isso Hobbs pede a Dom para reunir um grupo de elite em Londres. A recompensa? Perdão a todos eles, para poderem voltar para as suas casas e tornarem suas famílias completas novamente.

Grandes filmes de ação idiotas costumam trazer muito dinheiro aos cofres dos grandes estúdios, mas filmes de ação idiotas realmente bons são realmente raros. O que nos leva a "Velozes e Furiosos 6", um filme cheio de ação onde a todo momento coisas são demolidas e explodidas, um entretenimento perfeito e exagerado, para aqueles que não querem gastar nada de seu QI.

A história nunca foi substancial para esta franquia, afinal isso é sobre a ação sem noção. O diretor Justin Lin atropela seu filme com impasses contundentes, réplicas cômicas forçadas e drama familiar abertamente sentimental, nenhum dos quais faz uso da liberdade narrativa essencial.

Qualquer esforço dramático que Justin Lin tenta injetar em "Velozes e Furiosos 6" é superado pelo nível alto de testosterona que o filme tem. O resultado é um inchaço narrativo causado por estas tentativas de colocar sentimentalismo no longa. E o que não ajuda muito, é o elenco que para variar, entrega pouco.

O diretor lida com a ação acelerada com admirável energia e competência. A perseguição introdutória de Shaw por Londres e a excelente cena do cenário em um avião militar maciço são os pontos altos aqui, mas essas sequências são impulsionadas pelo poder técnico sobre a clareza ou a tensão. 

Johnson, o melhor dos protagonistas do filme, sente-se contido e desinteressado. Sung Kang preenche principalmente o pano de fundo, sobrecarregado com o romance monótono de Han com Gisele (Gal Gadot). O Brian, de Walker, é mantido na segunda cadeira como um novo papai, cedendo a palavra para Diesel e Rodriguez. Os atores têm química, mesmo que as idas e vindas do roteiro não lhes dêem muito o que mastigar.

Com seus diálogos pueris, performances idiotas, réplicas cômicas e níveis de som altíssimos, há pouco aqui que não tenhamos visto antes, ainda sim, "Velozes e Furiosos 6" é uma das maiores, mais idiotas e eletrizantes sequências de ação dos últimos tempos. O filme é construído com base no intelecto técnico, desde as acrobacias aos efeitos visuais e à equipe de som.

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