Velozes e Furiosos: Hobbs & Shaw Crítica Cinematográfica
- Vinicius Monteiro
- 4 de set. de 2024
- 2 min de leitura
Atualizado: 28 de dez. de 2024

★★★☆☆
Desde que se conheceram, Luke Hobbs e Deckard Shaw constantemente bateram de frente, não só por inicialmente estarem em lados opostos mas, especialmente, pela personalidade de cada um. Agora, a dupla precisa unir forças para enfrentar Brixton, um homem alterado geneticamente que deseja obter um vírus mortal para pôr em andamento um plano que mataria milhões de pessoas em nome de uma suposta evolução da humanidade. Para tanto, eles contam com a ajuda de Hattie, irmã de Shaw, que é também agente do MI6, o serviço secreto britânico.
Se você gosta ou morre de amor pela franquia "Velozes e Furiosos" ou curte demais uma filme de ação sem noção, "Velozes e Furiosos: Hobbs & Shaw", o primeiro spinoff da franquia, não vai decepcionar, você ainda pode se divertir mais nesta comédia de espionagem totalmente inacreditável para salvar o planeta. O atrito do macho alfa entre o agente do DSS Luke Hobbs (Dwayne Johnson) e o criminoso Deckard Shaw (Jason Statham) é um dos aspectos mais divertidos dos recentes filmes "Velozes e Furiosos".
"Velozes e Furiosos: Hobbs & Shaw" é retirado diretamente da fórmula que dominou boa parte dos filmes de ação nas últimas décadas. A maneira como esses homens personificam as respectivas personalidades de seus personagens cria uma série dinâmica de contrastes visuais e piadas. E o diretor David Leitch enquadra bem essas piadas com telas divididas e cenas de luta editadas em paralelo, em que Hobbs e Shaw tentam atingir objetivos diferentes ao mesmo tempo.
Kirby tem muito trabalho a fazer em um filme em que poucas mulheres falam em que sua personagem é repetidamente chamada de "a garota", mas quando ela está com as estrelas ostensivas do filme, ela é como um salgueiro flexível entre dois blocos de granito, seu rosto e seus olhos percorrem sub-rotinas emocionais enquanto Johnson e Statham decidem precisamente qual sorriso usar.
Seria bom se "Velozes e Furiosos: Hobbs & Shaw" tivesse um pouco menos de enredo e um pouco mais de humanidade. Embora o co-roteirista Chris Morgan esteja com a franquia 'Velozes e Furiosos' há mais tempo do que quase qualquer pessoa neste momento, seu roteiro desta vez (co-escrito com Drew Pearce) ocasionalmente esquece que o apelo desses filmes é tanto sair com as pessoas gostamos de vê-los fazer coisas ridículas com carros.
Sendo este um filme "Velozes e Furiosos", você esperaria que a ação fosse de alto nível. David Leitch, o dublê que virou diretor de ação em "John Wick", "Atomic Blonde" e "Deadpool 2", não nos decepciona, a ação aqui é de primeira linha. Há uma perseguição de carro e moto pelas ruas de Londres, há uma sequência onde Hobbs faz rapel na lateral de um prédio e um Statham lutando em um corredor estilo "Oldboy", tudo é muito divertido e bem encenado.
O filme se esforça para dar monólogos de redenção a vários personagens, mas quando está pulando de uma perseguição perigosa nas ruas de Londres para a invasão de um laboratório russo, "Velozes e Furiosos: Hobbs & Shaw" prova para o que veio, que é ser um entretenimento divertido para aqueles com pouco interesse de usar o mínimo do cérebro.
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