Vermelho, Branco e Sangue Azul Resenha
- Vinicius Monteiro
- 30 de ago. de 2023
- 2 min de leitura
Atualizado: 13 de mar.

★☆☆☆☆
Quando sua mãe foi eleita presidenta dos Estados Unidos, Alex Claremont-Diaz se tornou o novo queridinho da mídia norte-americana. Quando sua família é convidada para o casamento real do príncipe britânico Philip, Alex tem que encarar o seu primeiro desafio diplomático: lidar com Henry, irmão mais novo de Philip, o príncipe mais adorado do mundo. O encontro entre os dois sai pior do que o esperado, e no dia seguinte todos os jornais do mundo estampam fotos de Alex e Henry caídos em cima do bolo real, insinuando uma briga séria entre os dois. Para evitar um desastre diplomático, eles passam um fim de semana fingindo ser melhores amigos e não demora para que essa relação evolua para algo que nenhum dos dois poderia imaginar.
Não vou me estender muito na minha resenha, pois eu não gostei de nada em 'Vermelho, Branco e Sangue Azul' e não indico a leitura. O livro é leve e fácil de ler e é composto por elementos que causam curiosidade: a realeza britânica e a política. Por mais que o livro não tenha funcionado para mim, e eu não seja o público alvo da obra, ainda sim 'Vermelho, Branco e Sangue Azul' é bem qualquer coisa.
O livro é super apressado, a sua história se desenrola rápido demais. Alex e Henry se apaixonam rápido, os problemas surgem rápidos, tudo é resolvido rápido... Tudo é rápido. Não há desenvolvimento de nada nesse livro. Os personagens estão ali para fazer a história andar e nada mais que isso. O romance entre Alex e Henry foi difícil de comprar, tudo entre os dois é extremamente artificial e eles passam a maior parte do relacionamento a distância, conversando via mensagens, o que só intensificou a superficialidade.
'Vermelho, Branco e Sangue Azul' carece de conflito. Nada acontece nesse livro, por mais que tenhamos a cena exagerada do bolo (uma cena bem meh por sinal) e depois um possível vazamento dos e-mails entre Alex e Henry, nada disso ganha peso emocional. Eu nunca li um livro tão morno como esse.
O livro tem uma outra questão, de gosto pessoal, que são as trocas de e-mail. Eu não gosto quando livro é epistolar, onde os personagens só se comunicam por cartas, e-mails ou mensagens, isso deixa a história muito chata. 'Vermelho, Branco e Sangue Azul' depende demais da descrença do leitor para acontecer, tudo aqui é muito "Aham, senta lá Claudia".
A princípio eu achei a ideia do livro muito interessante, mas Casey McQuiston não evoca nenhuma das duas atmosferas que a história propõem. Eu não me senti inserido no universo político estadunidense e muito menos na realeza britânica.
Tudo aqui é artificial demais e sem conflito. 'Vermelho, Branco e Sangue Azul' está inserido dentro de um contexto muito interessante, mas Casey McQuiston entrega pouco com uma história mais do mesmo.
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