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Vinland Saga Volume 21 Resenha

  • Foto do escritor: Vinicius Monteiro
    Vinicius Monteiro
  • 24 de jan.
  • 3 min de leitura

Atualizado: 20 de abr.

Vinland Saga Volume 21 Resenha

★★★★★


Vinland Saga Volume 21 nos coloca em meio às consequências do confronto em Jomsborg. Após a batalha, Gudrid acaba ficando para trás e Thorfinn, movido por seus sentimentos, decide voltar para resgatá-la. No entanto, ao se reencontrar com Floki, a fúria de Thorfinn é despertada, trazendo à tona todos os rancores e traumas do passado. A situação parece se encaminhar para um confronto violento, mas um acontecimento inesperado muda o curso da história: o pequeno Baldr, neto de Floki, intervém de maneira surpreendente, colocando-se entre Thorfinn e seu avô.

 

A escalada da violência é anunciada de forma brutal com a decapitação que abre o volume. As sementes da carnificina, plantadas em Jomsborg, brotam em um confronto épico entre Thorfinn e Floki. A luta não é apenas física, mas também psicológica, uma batalha entre dois homens marcados pela dor e pela vingança. A mutilação de Floki, com seus dedos arrancados e lançados ao ar, simboliza a destruição de um homem que já havia perdido tanto. A cena, gráfica e chocante, revela a profundidade do trauma que assombra ambos os personagens.


 

Aquele embate marcou um ponto crucial na narrativa, revelando a face mais sombria de Thorfinn. A batalha interior entre a raiva e a razão, representada de forma tão crua, nos convida a refletir sobre o peso do passado e as cicatrizes que ele deixa. A cena, rica em simbolismo, sinaliza que a jornada de redenção de Thorfinn está longe de terminar, e que ainda há muito a ser explorado em sua psique.

 

A narrativa de 'Vinland Saga' parece conduzir Thorfinn por um labirinto de escolhas, onde a cada novo volume ele é confrontado com dilemas que o colocam à beira de um abismo. Essas constantes decisões, tomadas sob pressão e em meio a circunstâncias extremas, impulsionam a trama e aprofundam a complexidade de seu personagem. No entanto, a sensação de que essa batalha interna é perpétua nos leva a questionar se Thorfinn encontrará, algum dia, uma resolução definitiva para seus conflitos.


 

No turbilhão de violência e caos, Baldr emerge como um farol de esperança. Sua inocência, um bálsamo para a alma, nos demonstra que a capacidade de amar e ser compassivo é inquebrantável, mesmo diante das mais cruéis adversidades. Ele nos inspira a acreditar que a bondade é a força mais poderosa para transformar o mundo.

 

'Vinland Saga' volume 21 seria impecável não fosse a introdução tardia de Garm. Inicialmente, sua presença causou impacto, mas a repetição de suas características, que o assemelham a um Thorkell menos desenvolvido, tornou-o um obstáculo à fluidez da narrativa. A impressão inicial de um antagonista promissor deu lugar a uma sensação de desnecessária prolongação, com suas aparições se restringindo, em grande parte, a sequências de combate. A falta de profundidade psicológica e a semelhança com outro personagem já estabelecido diluem o seu potencial, transformando-o em um elemento que, ao invés de enriquecer a trama, a retarda.


 

A escrita precisa e a arte impecável se unem neste volume para criar uma experiência visual e emocionalmente rica. A jornada de Thorfinn é contada com uma sensibilidade ímpar, explorando as profundezas de sua alma e as complexidades do mundo viking. As cenas de ação são visceralmente intensas, enquanto os momentos mais calmos nos permitem apreciar a beleza da narrativa e a maestria de Makoto Yukimura.






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